
Dos cinco concorrentes ao prêmio de Melhor Filme, eu só vi Quem Quer Ser um Milionário? e O Curioso Caso de Benjamin Button. Os outros três ainda não chegaram aos cinemas de Ribeirão Preto. Eu também não sei se os verei um dia. Muita preguiça e desinteresse. Benjamin Button me deu sono, muito sono. O filme não decola. Não consegui desassociá-lo de Titanic. Aquela velha lembrando a história, as metáforas pobres, o roteiro sofrível. Deu até para rir na cena do relógio sendo atingido pela enchente causada pelo Katrina, no final. Lembrei do navio afundando. Também não consegui entender a indicação do Brad Pitt para o Oscar de Melhor Ator.
Já Quem Quer Ser um Milionário? é um daqueles mistérios que ninguém explica. De tão tosco, o filme ofende. É uma espécie de Cidade de Deus, mas (bem) piorado. Piegas. O triste é pensar que - em tese - a consagração do filme pelo Oscar o dignifica a representar o que houve de melhor nas telas no ano passado.
Em artigo na Folha, o João Pereira Coutinho disse que “o Oscar deste ano confirma (...) que a moderna ficção televisiva substituiu há muito, em inventividade e desafio, o papel visual e narrativo que o cinema teve durante um século”. Brilhante.
As coisas no cinema andam muito triviais.
É uma pena, uma grande pena.
*Na imagem, Penélope Cruz e o abraço mais doce da noite, direto do blog da Ana Maria Bahiana.
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