Rihanna se consagrou como o grande nome deste século na música, no meu iPod, com "Good Girl Gone Bad". Já era o seu terceiro disco, mas eu só descobri isso há doze dias - então ele continua sendo o melhor disco de estreia de uma cantora pop em todos os tempos na minha opinião (tirando o da Katy Perry, eu acho).
Acontece que o segundo álbum da Rihanna, "Rated R", foi uma decepção. Sem pequenos milagres pop, sem refrões maravilhosos, sem hits dignos de nota e nem nada. Nessa mesma época, ainda, a cantora começou a embaragar por um caminho sem volta (muito provavelmente por conta de seus problemas com o Chris Brown). Pra completar, as antológicas apresentações na TV e em premiações (grande parte delas realizada com o notável auxílio de guarda-chuvas) foram para o ralo junto com o bom senso para cortes de cabelo.
Mas então há pouco ela veio com o primeiro single de seu terceiro disco, "Only Girl (In The World)". Não satisfeita em ser uma pequena obra-prima da música mundial deste milênio, a música tem o melhor refrão pop de que se tem notícia. Na sequência, Rihanna foi ao Saturday Night Live e mostrou “What’s My Name”. Depois, liberou a segunda parte da trilogia "Love the Way You Lie" e, apesar de não ter me conformado com o fato dela cortar boa parte da participação do Eminem na música, eu conclui em definitivo: Rihanna estava de volta ao modelo que a consagrou em "Good Girl Gone Bad". "Loud", seu novo CD (ainda não lançado no momento em que redigi tal teoria), seria o grande lançamento da década e afins.
O problema é que "Loud", que agora conhecemos, é chato e está a anos luz de "Good Girl Gone Bad". Pra completar, a Rihanna liberou como faixa bônus do álbum uma terceira e última versão de "Love the Way You Lie", dessa vez acústica e sem a participação do gênio Eminem. Eu fico esperando o momento dele aparecer gritando com aquela tranquilidade de quem é sugado pela enchente e nada.
A questão toda é que depois de quatro parágrafos só me resta voltar e me concentrar no tema deste texto: a apresentação da Rihanna no último Europe Music Awards da MTV (EMA, para os íntimos). Se ela já tinha abalado a república americana e adjacências com a participação que fez na apresentação do Eminem no VMA deste ano, agora ela atingiu a glória com uma versão histórica de "Only Girl (In The World)". A batida ficou mais pesada, ainda melhor. O número, sensacional. Ela toda serelepe, andando num jardim de flores de plástico. Tirando onda com os diamantes dados à Madonna em “Material Girl" e colocando caras pra oferecer malas cheias da luz de Lost só pra ela. Não dá pra pensar em nada melhor para o momento: é o maior número musical de que se tem notícia na história dos veículos midiáticos.
ps. Devido à grande repercussão deste post, fui ameaçado de morte pela MTV e a incorporação do vídeo do YouTube com a referida apresentação teve que ser excluída daqui. Busque conhecimento e tente assistir ao mesmo (vai mudar sua vida, eu garanto).
Nenhum comentário:
Postar um comentário