quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Síndrome do russo

Não conheço tanto quanto deveria o trabalho do Woody Allen. Vi poucos de seus filmes e ainda não li um único livro seu. Mas insisto em pensar que o diretor tem estado bastante intrigado com a obra do Dostoiévski quando resolve deixar - sabiamente - suas comédias de lado. Depois do petardo que foi Match Point, agora ele veio com O Sonho de Cassandra, que eu assisti ontem. Filmaço. O mesmo clima tenso do outro, mas diferente. Muitas (e boas) referências à obra do escritor russo, mais uma vez. Não é tão bom quanto Match Point, mas seria muita arrogância nivelar cada novo drama de Allen a partir do que foi esse filme: sem comparações. Em O Sonho de Cassandra, Colin Farrell está bom como jamais esteve. E Ewan McGregor perfeito, no papel de Ian. Intrigante. Descontados uns e outros deslizes de caráter, deu até inveja do personagem, vontade de ser como ele. Do mesmo jeito que me ocorreu com o Chris, de Jonathan Rhys Meyers, em Match Point. A diferença é que naquele filme o bem vestido da história era Tom, o amigo abastado do Chris. Agora, a coisa nesse ponto pega mesmo é com o Ian e o melhor figurino de que se tem notícia na história do cinema.

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