Esse não é um post com elogios ao cinema produzido no Brasil. Até porque eu não sou do tipo que cria qualquer expectativa quanto ao que se faz por aqui quando se trata da sétima arte. Em mais de cem anos de história, nossa produção cinematográfica nunca conseguiu atingir um patamar sólido de relevância internacional. Não que precisássemos disso como atestado de qualidade, mas o desdém de quem entende do assunto só colabora para comprovarmos, quase que invariavelmente, o quanto nossos filmes são inofensivos e ruins.
Ainda assim, foi bom demais saber que o matador Tropa de Elite vai voltar de Berlim com o Urso de Ouro de Melhor Filme no saco. José Padilha, o diretor do longa, já tinha acertado demais com seu filme de estréia, o documentário Ônibus 174, outra espécie rara do nosso cinema. Antes de Tropa, o último brasileiro a vencer em Berlim foi o fantástico Central do Brasil, em 1998.
Pensando bem, eu mesmo acabei de apontar três exceções em um pequeno espaço de tempo de 10 anos. E há ainda mais uns dois ou três espasmos de criatividade que não são totalmente ruins.
De repente eu é que sou pessimista demais.
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