terça-feira, 31 de março de 2009
Diogo rocks
quarta-feira, 25 de março de 2009
O expresso da angústia
¬ Foi uma surpresa ver, na primeira página do site Ego, o Thom Yorke pagando de garoto de Ipanema e levando suas pelancas para curtir a praia no Rio de Janeiro, no primeiro dia da banda no Brasil. Faço minhas as palavras da Ana Bean: “Eu nunca imaginei que o Thom Yorke tivesse uma bermuda. Muito menos que ele fosse à praia. Que ele pegasse jacaré então...”
¬ No dia seguinte ao show do Rio de Janeiro, Bruno Medina, tecladista do Los Hermanos, escreveu em seu blog que “foi um pouco sui generis testemunhar Thom Yorke requebrando as cadeiras enquanto tocávamos Morena na passagem de som”. Hã?
¬ Entre um ápice e outro do show em São Paulo, eram tensos os silêncios que hipnotizavam a plateia durante alguns momentos. Como descreveu bem a Ana Bean (de novo ela!) na Popload: “quando Thom Yorke ensaiou a primeira frase de Exit Music (For a Film), ninguém se mexeu ou resolveu cantar junto. Não tem como não se arrepiar com 30 mil pessoas… em silêncio.”
¬ Dava até para imaginar que alguma coisa estava errada quando algumas frases em português “invadiam” o show. Mas, em entrevista - a única dada em terras brasileiras - ao Edgard, do Multishow, o Thom Yorke explica que esse é um “hábito” da banda.
¬ A última música que eu imaginei ouvir ao vivo foi You And Whose Army, minha favorita de Amnesiac e uma das minhas preferidas da banda. Descobri, no set list divulgado pelo Multishow, que ela entrou na última hora. Sorte minha. O Thom Yorke tocando piano com raiva e brincando de aproximar o olho da câmera está entre os meus melhores momentos do show.
¬ O que foi o povo continuar cantando “come on rain down on me” depois que Paranoid Android terminou? E a banda lá, sem entender nada, com um olhando para a cara do outro e sorrindo como quem diz: “whatafuck?!”
¬ E teve Fake Plastic Trees. E nessas horas a gente parece bobo e jura que eles cantaram a música para nós – para mim, no caso. Uma pequena história: ouvi o nome do Radiohead pela primeira vez na coluna do Álvaro (sempre ele!). Mas só quando ele citou que eles estavam tocando até em comercial na tv foi que eu pesquisei e descobri que se tratava da minha propaganda favorita de todos os tempos: a do Carlinhos no carrossel. Foi assim, arrebatador. Um caminho sem volta. E agora aquela música ali, domingo, fazendo a minha espinha gelar.
¬ Por fim, tem aquelas coisas que o palco fez. Quando a gente vê notícias de crianças japonesas tendo ataques e morrendo na frente da tv, hipnotizadas pelos efeitos visuais de alguns desenhos animados, deve ser assim que acontece. Mas ali, no show do Radiohead, foi como uma moldura para o som. Para ficar em apenas um momento: o que foram os efeitos de luz em Creep? Como se já não bastassem os versos daquele refrão, os “golpes” de luz branca com listras coloridas eram de derrubar qualquer um. Fantástico, para dizer o mínimo.
Tem muita coisa, ainda; mas eu juro que teria que ficar aqui para sempre.
(A primeira foto é do Daigo Oliva - G1 - e a segunda do Flavio Florido - Uol)
Conversa de botas batidas
Sobre os reis do pi pi pi
¬ O show que a banda fez no Free Jazz de 1998, em São Paulo, está no Top 5 de shows da vida do Lúcio Ribeiro. Ele – e não só ele – disse que os tios da eletrônica “assombraram” o Jockey Club.
¬ É indiscutível que eles praticamente iniciaram a música eletrônica como a conhecemos hoje. Em um texto de 2004, na Folha, por ocasião da segunda passagem da banda pelo Brasil, o Thiago Ney disse que é “humanamente impossível dissociar de qualquer coisa produzida eletronicamente nos últimos 30 anos a influência desses alemães, que injetaram na música o conceito ‘homem-máquina’”.
...e três depois.
¬ A imagem que eu sempre tive de uma apresentação do Kraftwerk estava associada a quatro figuras apáticas manuseando laptops no palco. No último domingo, na Chácara do Jockey, em São Paulo, tudo se confirmou. Nada me faz desistir da ideia de que eles simplesmente passaram 80 minutos navegando pela internet – quiçá brincando no MSN e no Orkut – enquanto o público travava uma luta insana contra o tédio para conseguir dançar e se animar com a ideia de que estava diante da “revolução”.
¬ Em algum momento do show, eu fui encontrar um amigo na “praça de alimentação” do lugar. Quando voltamos para a frente do palco, ele me perguntou onde estavam “os caras”. Eu expliquei que aquelas quatro sombras diante do telão, no centro do palco, eram eles. Ele jurou que pensou que fossem robôs. E talvez ele não estivesse tão enganado assim.
¬ Até que me provem o contrário, We Are The Robots é o que se pode chamar de ápice em uma apresentação do grupo. O número é o mesmo há séculos: eles saem do palco e são substituídos por robôs. O engraçado é que a música continua tocando do mesmo jeito, me deixando seriamente desconfiado de que eles realmente não fazem absolutamente nada diante daqueles laptops.
(Na foto, de Flavio Florido - Uol -, o Kraftwerk “tocando” em São Paulo, no Just a Fest)
quarta-feira, 18 de março de 2009
Um cara de modelo
No texto, diz que o Mansur se diferencia do empresário tradicional, “talvez pelo berço de ouro”. Eu acho que ele se diferencia de qualquer mortal - e não apenas do empresário tradicional – por já ter namorado mulheres como Gisele Bündchen, Isabeli Fontana, Letícia Birkheuer e Luana Piovani.
Mas nem é isso o que mais me intriga. Se você já viu o cara em alguma revista ou programa na televisão, percebeu que, além do berço de ouro, ele, no dia a dia, só precisa contar com uma série interminável de camisetas pólo da Itaipava para pagar de pegador.
*Na foto, de Ângelo Pastorello, Mansur e um look de R$ 3 mil para dar pinta de pegador no trabalho.