segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O açougueiro superstar

Acabei de ler Dexter: A Mão Esquerda de Deus, de Jeff Lindsay, primeiro livro lançado no Brasil sobre o serial killer mais gente boa do showbiz. A obra inspirou a série de televisão.
Ainda estou assistindo a terceira temporada, que terminou no final do ano passado nos EUA. Ela vem conseguindo ser ainda mais genial e criativa que a segunda. Tudo porque manteve o que a anterior tinha de melhor - os bons diálogos, o roteiro alucinante e os personagens mais densos e curiosos que alguém pode imaginar, para ficar em apenas três pontos – e dispensou alguns exageros. Agora, parece, o que se quer é mostrar um Dexter mais humano.
O livro, por sua vez, é só uma boa ideia que se arrasta por um texto pobre e piegas.
Lindsay criou um personagem incrível – ainda assim, bem menos incrível que aquele mostrado na tv. E só. Na história impressa, os desfechos são outros - sempre piores e mais previsíveis que os da série.
Há algo de bom na experiência de ler A Mão Esquerda de Deus: notar que de um suspense juvenil e sem brilho como esse alguém consegue extrair um roteiro tão tenso e de fino humor negro como o do programa.

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