
Tudo começou quando Paul McCartney pediu uma ajudinha do amigo Ringo Starr para cantar com ele With a Little Help From My Friends, em Nova York. A parte chata é que uma decisão tão boa tenha partido de uma causa tão infeliz: o evento onde eles se apresentaram pretendia levantar dinheiro para ajudar que cerca de um milhão de crianças aprendam a técnica da meditação Transcendental, que os próprios Beatles praticaram no auge da fama. Fico pensando que eles poderiam ter arranjado um milhão de outros motivos para dividir o microfone, mas foram decidir fazê-lo justamente por isso.
Há pouco eu tornei a me lembrar do Ringo. Dessa vez, por conta de uma reportagem na Veja com a história do Pete Best, que foi baterista dos Beatles antes deles se transformarem em fenômeno mundial. Best foi demitido do grupo e Ringo entrou em seu lugar. Algum tempo depois, Best se trancou em casa, abriu o registro de gás e tentou se matar. Sua atitude mostra que ele não é um cara sensato: em seu lugar, qualquer pessoa do mundo teria tentado o suicídio de uma maneira irreversível. Atualmente, de acordo com Veja, Best dispõe de “um ótimo senso de humor”.
Voltando ao grande encontro de ontem, lembrei de quando eu ouvia With a Little Help From My Friends na abertura de Anos Incríveis, na versão do Joe Cocker. E de que o Ringo é pai do Zac Starkey, que já tocou bateria no Oasis. E pensei que o Ringo, o mais desajeitado dos Beatles, apesar de gostar de uma coisa tão chata quanto meditação e de se vestir como se fosse um integrante do Bee Gees, só pode ser um cara legal.
(Na foto, Kevin Arnold, Paul Pfeiffer e Winnie Cooper, de Anos Incríveis)
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